Já estamos no terminando o bimestre e alguns se deparam com um baixo resultado e com notas baixas. O que fazer? Será que é possível reverter essa situação? Não desista. Com um pouquinho de boa vontade e uma bela dose de disciplina tudo é possível. Você vai ver. Até mesmo transformar aquela bomba que vem a cada final de bimestre em verdadeiro motivo de orgulho e comemoração.
Mas não se engane. Mudar a situação não é simples assim, sobretudo porque as notas baixas já são uma realidade e há de “correr atrás dos prejuízos” deste bimestre. Agora, se você quer mesmo correr “atrás do prejuízo”, é fundamental que se faça uma primeira pergunta:
O que me levou a estar tão abaixo da média e com um baixo desempenho escolar?
1 – Não gosto de estudar. Não tenho disciplina e também não estudo.
2 – Foi o nervosismo excessivo me faz pôr tudo a perder.
3 – Não me identifico com ninguém da escola, e gostaria de estudar em outro lugar.
4 – Sou rejeitado pelos colegas e, muitas vezes, agredido por ser um pouco diferente. Perdi a vontade de estudar!
5 – Não consigo me concentrar nas aulas. Ando “voando” nas aulas e explicações.
6 – Não sei o que acontece. Não consigo acompanhar as aulas. Acho tudo difícil demais!
7 – Só este ano, fui transferido de escola mais de uma vez. Já nem sei mais o que deixei de aprender ou o que será dado ainda... Vejo o mesmo conteúdo “mil vezes”. É uma confusão total!
Bom, se você acha que se enquadra em alguma das alternativas acima, não dê tudo por perdido. Para cada uma das adversidades há uma solução, pode apostar! Vamos à resolução dos problemas:
1 – Ok. Você não é OBRIGADO a gostar de estudar, mas precisa concordar que, na vida, para alcançarmos algumas metas, é preciso algum sacrifício assim... De leve. (Outras vezes nem tão de leve assim...). E já que é necessário concluir o Ensino Médio para iniciar uma universidade, então, por que não agarrar o sonho com unhas e dentes e fazê-lo sua realidade? Por isso, aposte em aprender, em adquirir mais conhecimento, pois é extremamente favorável a você, lhe ajudará a ampliar os seus horizontes e suas possibilidades futuras. Afinal, ter o mundo em suas mãos não é nada mal.
2 – Taquicardia, sudorese (suor excessivo), tremor nas mãos, arrepio na espinha. A ordem dos fatores não altera o produto. E quem nunca sentiu tudo isso??? Às vezes tudo ao mesmo tempo! Nervosismo é um estado mais do que natural. Até os mais tranquilões possuem seus momentos de estresse... Mas se ainda assim você se vê diferente, tudo bem. É bem verdade que anda exagerando um pouco na dose... Que o momento é tenso e que um simples deslize pode fazer com que você jogue.
Por isso, estude o máximo que puder, dê mesmo tudo de si e se prepare como nunca. Se não conseguir agora, terá outras chances de sucesso.
Por isso, estude o máximo que puder, dê mesmo tudo de si e se prepare como nunca. Se não conseguir agora, terá outras chances de sucesso.
3 – Bom, se você acha mesmo que você não se “enturma” em seu colégio leia esta dica: talvez você não se abra muito para novos amigos e se mostre uma pessoa “fechadona” e carrancuda! Se não for possível mudar de atitude, converse com os seus pais e professores e discuta sobre as possibilidades de mudar... De horário ou de sala... Toda mudança é uma oportunidade de crescimento pessoal!!!
4 – O “bullying” gera mesmo um desânimo a qualquer um! Nos desperta o pior em nós: a falta de perspectivas e de amor próprio. O jovem que é alvo de sucessivas agressões torna-se pouco sociável e inseguro, e assim sente-se impedido de solicitar ajuda, além de não dispor de status, recursos ou habilidade para acabar com as provocações e humilhações contra si. O assunto é seriíssimo e exige cuidados urgentes. Por isso, aluno, se você sofre ameaças de seus colegas e se sente rejeitado pelo grupo, peça ajuda. Converse com seus familiares e professores e, se possível, busque um acompanhamento de um psicólogo. A depressão tem cura, mas deve ser identificado e tratado já. Ele é capaz de comprometer o desenvolvimento da criança ou do adolescente e interferir em seu desenvolvimento.
5 – Você é daqueles que quanto mais tenta se concentrar num exercício de aula, mais “viaja”? E quando os seus pais ou professores põem aquela pressão para que melhore o seu comportamento e suas notas? Tudo vai de mal a pior... A situação só melhora mesmo quando recebe elogios ou se sente de alguma forma importante, aí sim... Tudo parece ficar às mil maravilhas! Mas é por tempo limitado, você bem sabe. Basta receber uma primeira crítica para se “emburrar” com todo mundo e se sentir “o perseguido”. Pense bem: tanto em casa quanto na escola, sua família e seus professores entendem imediatamente que se trata de oscilações típicas da adolescência e que sua falta de atenção a tudo e todos é pura “falta de vergonha”. Bom, se você acha que este pode ser o seu caso, é sinal de que é só questão de se esforçar mais.
6 – Note se o seu problema não consiste em autoestima baixa, insegurança, problemas em casa, desânimo. Tudo isso pode gerar dificuldades de aprendizado e precisa ser avaliado. Talvez seja interessante fazer uma avaliação com um psicólogo ou encarar uma conversa franca com algum adulto. Às vezes, mesmo sendo difícil conversar sobra assuntos que nos deprimem, constrangem e nos põe "pra baixo", é necessário se abrir para não deixar que um problema mais simples vire uma bola de neve, não é mesmo?
7 – Se esta é a sua realidade, identifique os reais motivos que o levam a este ritmo de troca de escolas. Pode ser que você não se encaixou no colégio em que estava. E até mesmo uma questão social, de não se sentir aceito por estar todo o tempo trocando de escola. Então é natural a dificuldade de fazer amizades e, na hora de acompanhar as matérias, e aí, tudo fica mesmo confuso. Se a questão é a mudança de cidade de seus pais, que tiveram que levar os filhos também, havendo diversas mudanças, inclusive emocionais, converse com eles. Juntos, vocês podem encontrar boas saídas para a situação.
O que não pode mesmo é deixar o tempo passar e imaginar que no final do ano algum "milagre" vai acontecer e suas notas baixas irão desaparecer! Besteira! Elas continuarão lá! Você terá perdido um ano precioso de estudo dando mais importância à bobagens do que ao seu próprio desenvolvimento.
Beijocas...
Profª Juliana Análio
Adaptado de http://www.conexaoaluno.rj.gov.br